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NextGenerationEU
  • Notícia
  • 16 de abril de 2025
  • Direção-Geral da Comunicação
  • 4 min de leitura

Apoio aéreo: Reforço dos recursos de combate a incêndios nas zonas rurais de Portugal

No âmbito do NextGenerationEU, Portugal tem vindo a realizar grandes investimentos a nível nacional para modernizar as infraestruturas, criar emprego e enfrentar os desafios sociais e ambientais. No valor total de 22,2 mil milhões de EUR, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português permitiu canalizar fundos para um grande número de projetos, entre os quais um investimento em grande escala em recursos para combater os incêndios florestais nas zonas rurais, um problema crescente nesta nação atlântica. A contribuição da UE no valor de 89 000 000 EUR serviu para a construção ou a renovação de centros de operações e para a aquisição de helicópteros, máquinas, veículos e equipamento vital de combate a incêndios. 

Escusado será dizer que os investimentos foram bem acolhidos. Entre os Estados-Membros da UE, Portugal é o país que regista o maior número médio anual de incêndios florestais e, consequentemente, a maior proporção de área ardida. Esta circunstância conferiu uma particular premência ao aumento dos recursos que o país destina ao combate e à proteção contra essas ameaças. Graças ao financiamento nacional e da UE, a força aérea portuguesa pôde adquirir cinco helicópteros bombardeiros ligeiros e seis helicópteros bombardeiros médios, que estão a ser utilizados para apoiar e coordenar as operações de extinção de incêndios. Em 2026 serão entregues mais aeronaves, o que reforçará ainda mais as capacidades. 

Para saber mais, falámos com o capitão Pedro Bola, da Força Aérea Portuguesa, que partilhou connosco os seus pontos de vista: 

A aquisição de novas aeronaves melhorou as operações de combate a incêndios? 

PB: Sem dúvida. O investimento em novos meios aéreos reforçou a nossa frota e tornou o combate a incêndios mais seguro e mais eficaz para os nossos efetivos no terreno. Sou o comandante da Esquadra 552 da Força Aérea Portuguesa. A nossa unidade é responsável pela coordenação aérea e das operações de combate a incêndios quando ocorrem incêndios florestais, os quais, infelizmente, se tornaram mais frequentes nos últimos anos. O financiamento adicional permitiu-nos adquirir helicópteros AW119 Koala, que dispõem de tecnologia de ponta e permitem reconhecimento aéreo e coordenação de primeira ordem em cenários de incêndios florestais. Com mais helicópteros na frota, estamos mais preparados do que nunca.

«O investimento em novos meios aéreos reforçou a nossa frota e tornou o combate a incêndios mais seguro e eficaz.»  

— Capitão Pedro Bola, Força Aérea Portuguesa 

Por que razão é tão importante investir nesses recursos? 

PB: O investimento nas capacidades de combate a incêndios ajuda-nos a evitar que as catástrofes naturais atinjam proporções verdadeiramente catastróficas. Em última análise, com mais recursos, podemos intervir mais rapidamente e de forma mais eficiente ao lado das unidades no solo, salvando vidas e impedindo que mais vegetação seja devorada pelas chamas. Se os nossos recursos forem limitados, é evidente que a nossa capacidade de conter e combater um incêndio florestal também fica consideravelmente reduzida, pondo em grande risco a vida e as casas das populações e a fauna local. A aquisição de novos meios aéreos reforçou o contributo da nossa unidade para as operações de combate a incêndios, o que só pode ser alcançado com financiamento suficiente.

«Os fundos da UE foram fundamentais para o recente reforço dos nossos recursos.»  

— Capitão Pedro Bola, Força Aérea Portuguesa 

O financiamento da UE é importante para os esforços de combate a incêndios? 

Os fundos da UE foram fundamentais para o recente reforço dos nossos recursos. A Força Aérea Portuguesa é um ramo independente das Forças Armadas portuguesas e, por conseguinte, as operações e a manutenção dependem do financiamento público. A UE pode proporcionar contribuições importantes neste domínio, o que foi o caso através do PRR do nosso país. Tendo em conta a frequência dos incêndios florestais em certos períodos do ano, penso que é necessário continuar a aumentar o investimento. Um aumento dos recursos das frotas aéreas e terrestres ajudar-nos-á a melhorar a coordenação e a gerir os incêndios florestais de forma mais eficaz. O financiamento da UE constitui já uma componente fundamental a este respeito.  

Como afirma o capitão Pedro Bola, o investimento no apoio aéreo através do NextGenerationEU representa uma verdadeira bênção para as operações de combate a incêndios em Portugal. Embora se trate apenas de uma entre as muitas prioridades incluídas no PRR, com os incêndios florestais a devastarem todos os anos as zonas rurais do país, a sua importância é cada vez maior. O reforço das capacidades através da aquisição de meios aéreos permitirá não só facilitar a cooperação entre as unidades aéreas e terrestres, tornando mais eficiente a extinção dos incêndios, como contribuirá também para salvar vidas e proteger os meios de subsistência. Além disso, mostra o empenho do país face ao problema, para bem da sociedade portuguesa e do ambiente em geral.

Informação detalhada

Data de publicação
16 de abril de 2025
Autor/Autora
Direção-Geral da Comunicação
Location
  • Portugal